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domingo, 30 de janeiro de 2011

Os muitos buracos de um "castelo" de areia.

Andando por aí, nas ruas e avenidas da cidade de São Luís, nos deparamos com cada centímetro de asfalto sendo disputado (a tapas) por buracos e crateras. Moradores de todos (literalmente todos) os bairros de São Luís cobram uma providência do então Prefeito João Castelo. Do mais humilde ao mais luxuoso bairro, a situação está cada vez mais caótica. As ruas parecem campos de concentração e guerra de tantos buracos no solo.  
Daí observa-se a democratização da buraqueira. Não importa a classe social. Eles sempre estão lá para todos. E olha que, às vezes, eles são até muito bem camuflados (mais precisamente em épocas de chuvas). Parecem rasas poças de água, mas são profundos poços causados pela erosão de um asfalto de péssima qualidade.  Os buracos mais comuns são aqueles com profundidade de, aproximadamente, dez a quinze centímetros. A medida perfeita para causar os mais diversos e sérios prejuízos à população.
O problema atinge tanto pedestres, como também motoristas. Os primeiros são vítimas de banhos fora de hora. Estão lá, passeando pelas poucas e precárias calçadas que existem e são vítimas de uma onda de água empossada jogada por um motorista que queria desviar de um buraco e acabou caindo em outro. Motoristas têm que decidir se gastam dinheiro com suas famílias ou com a manutenção de seus carros.  Outro problema é o tempo que se gasta no deslocamento de um ponto a outro da cidade. Trajetos que deveriam durar apenas alguns minutos, duram quase horas para serem realizados. São verdadeiros ralis em plena área urbana de uma capital.
Palhaçada! Não tem outra palavra para denominar a falta de comprometimento da prefeitura com a população. O pior é que, para o senhor prefeito, parece que isso tudo não está acontecendo na cidade que ele diz que gerencia. Basta dar uma voltinha pelos bairros para se deparar com cenas inusitadas, até cômicas se não fossem tristes: buracos sendo tampados com entulhos pelos próprios moradores; baldes, galhos e todos os tipos de tranqueiras são utilizados na tentativa de sinalizar a existência de uma cratera na rua; motoristas são obrigados a parar em avenidas muito movimentadas ou desertas, debaixo de sol ou chuva, sendo noite ou dia, para trocar os pneus que se estragam em decorrência dessas “cavidades” inconvenientes situadas em asfalto de qualidade vagabunda e de origem duvidosa.
Enfim, um problema atrás de outro. Mas, vale lembrar (e muito bem), que nossos impostos chegam um atrás do outro (também) para serem pagos. E chegam com nenhum atraso e com nenhum desconto. Seria maravilhoso se fossem utilizados na solução de problemas de tamanha importância.
Bom, mas vendo pelo outro lado, o lado humanístico da buraqueira, os donos de borracharias e oficinas precisam ter o seu “ganha pão” também. Se não fossem essas crateras espalhadas pela cidade, como poderiam sobreviver? Nunca as oficinas estiveram tão cheias como neste período. É o pneu que rasga, é o amortecedor que não amortece mais nada, é o pára-choque que arrasta no chão e lá fica, enfim, uma simultaneidade de despesas (para motoristas) e lucro (para oficinas).
Infelizmente, ainda falta algum tempo para as próximas eleições, já que é somente no período eleitoral que as máquinas se desentocam dos galpões municipais e estaduais, saindo às ruas e o serviço começa a ser feito (da forma mais porca e vergonhosa possível). Resta-nos, indubitavelmente, apenas confiar em nosso amigo anjo-da-guarda e pedir a Nosso Bom Deus que nos guie e nos proteja dos acidentes e de outros transtornos causados pela falta de interesse da prefeitura com a tão sempre esquecida população de São Luís.


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